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REPORTAGEM 1: SÉRGIO MORO BLINDOU SENADOR ALIADO!


O site Uol trouxe a tona a blindagem que a força-tarefa e Sérgio Moro fizeram para livrar um senador aliado das investigações no âmbito da Lava Jato, devido a extensão do conteúdo, contudo resolvemos dividir a matéria em uma série de reportagens para que nossos leitores, possam entender a dimensão do escândalo que envolve o senador, em operações ilícitas com doleiros, sumiço de inquérito, blindagem de Moro e muito mais.

Moro e Álvaro Dias em celebração no ano de 2015, um ano depois o senador seria alvos de novas acusações sem que Moro abrisse investigação ou desse prosseguimento as mesmas. 


Defensor da Lava Jato, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) já foi citado como beneficiário de propinas pagas em alguns episódios investigados pela operação, conforme noticiamos na reportagem: BOMBA NO SENADO!GOLPISTA ÁLVARO DIAS, É SUSPEITO DE RECEBER 5 MILHÕES EM PROPINAS PARA BARRAR INVESTIGAÇÕES. Apesar disso, o parlamentar nunca foi oficialmente investigado pela força-tarefa.

Tudo começou no início da Lava Jato, o ano era o de 2014, quando surgiu pela primeira vez o envolvimento de Álvaro Dias em suspeitas apuradas na operação Lava Jato. Leonardo Meirelles, doleiro condenado na Lava Jato na segunda ação penal resultante das apurações da operação, chegou a indicar num depoimento que poderia falar sobre o senador, conforme apuramos seria Álvaro Dias. Moro pediu que identificações fossem evitadas, claro pois ali tratava-se de um conhecido seu.

Moro e os procuradores já ouviram em depoimentos relatos de participação do senador em negociações para obstruir duas comissões de inquérito abertas no Congresso para apuração de crimes na Petrobras e relacionados ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. A participação do senador nesses casos nunca foi apurada.

No depoimento, ocorrido em outubro daquele ano, Mereilles começou a relatar a Moro as ligações do também doleiro Alberto Youssef, seu parceiro, com partidos políticos.
Meirelles citou o PSDB e falou num "padrinho político" e "conterrâneo" de Youssef. Youssef nasceu em Londrina (PR). Dias nasceu em Quatá (PR), mas estudou em Londrina e iniciou sua carreira política como vereador da cidade, em 1968.

Sabendo que o nome que seria citado Álvaro Dias,Moro, então, interrompeu Meirelles: "A gente não está entrando nessas identificações, doutor”

Segundo relatos o acusado tentou prosseguir no assunto dizendo que "não estava citando nomes". Moro novamente interveio: "Se a gente for descrever e falar as características, daí não precisa falar o nome, né?"

Ao site Uol advogado de Meirelles, Haroldo Náter, confirmou  que o político tratado no depoimento era Álvaro Dias. Para ele, Moro evitou tratar envolver o senador no depoimento porque isso poderia paralisar a tramitação do processo e enviá-lo ao STF, já que Dias já tinha foro privilegiado na época.

Mas na verdade o senador e o juiz tem uma ligação antiga, desde que Álvaro Dias foi governador do Paraná, mantém ligação com o juiz e sua esposa, a ligação iniciou quando Rosangela Wolf, trabalhou na Apae, a mesma conheceu Álvaro Dias por meio de Beto Richa, que é primo da esposa de Sérgio Moro, desde então a relação sempre foi muito agradável ao casal e muito conveniente ao senador, que passou pela lava jato de forma despercebida.

Procurado pelo site UOL, Álvaro Dias negou seu envolvimento em esquemas de pagamento de propinas e disse que citações de seu nome não passam de boatos com fins políticos.

O senador disse nunca ter sido investigado pela Lava Jato justamente porque nunca houve fatos que justificassem a abertura de inquéritos sobre sua conduta, na verdade o que nunca houve foi interesse da operação Lava Jato para investigar a conduta do senador, afinal Dias não era filiado ao Partido dos trabalhadores, mas sim, um oposicionista e velho amigo de Sérgio Moro.

Inquéritos sobre suspeitas envolvendo parlamentares como Dias tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal). Também não constam do sistema da Corte investigações sobre o senador.

Vale lembrar que Álvaro Dias foi o primeiro político a dizer abertamente que convidaria Sérgio Moro para o ministério da Justiça, caso fosse eleito, seria uma forma de pagar o favor feito pelo ex-magistrado quando juiz? Afinal por algumas vezes Moro ajudou que o nome do senador aparecesse ou figurasse entre a lista de investigados.

Clique Aqui para ir para a segunda reportagem da série. 


Texto: Pedro Oliveira, adaptado do texto do site Uol

Finalização e considerações: Pedro Oliveira

Edição: Ana Fernandes

Informações: site Uol

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