Header Ads Widget

Breaking news

6/recent/ticker-posts

REPORTAGEM 2: MORO FECHOU OS OLHOS PARA A PARTICIPAÇÃO DE ÁLVARO DIAS EM REUNIÃO COM FERNANDO BAIANO!


O senador paranaense, Alvaro Dias tem se dedicado a denunciar o que ele chama de "tentativas de dinamitar a Lava Jato", claro sem falar que deveria está atolado nela até o pescoço, caso não fosse as manobras de Moro e procuradores, para não investigar o senador. Essas tentativas, segundo ele, estão ligadas à publicação de diálogos mantidos entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba pelo site The Intercept Brasil, em parceria com outros veículos.



Mas vamos ao que de fato interessa que são as manobras para livrarem o senador das investigações, o primeiro caso investigado pela Lava Jato em que o nome de Alvaro Dias aparece é o da CPI da Petrobras. Instaurada em 2009, ela tinha como objetivo verificar suspeitas de corrupção na estatal. Essas suspeitas, anos mais tarde, seriam apuradas na Lava Jato.

Anos depois as investigações da própria operação apontaram que, naquele ano de 2009, uma reunião entre os ex-executivos Idelfonso Colares Filho, da empresa Queiroz Galvão, e Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, com o então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), tratou de pagamento de propina para a obstrução da CPI. Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, também participou da conversa.

Segundo apontam as investigações a reunião ocorreu no Rio de Janeiro e foi gravada. Nela, o então senador Guerra, que morreu em 2014, combinou o recebimento de R$ 10 milhões para que os parlamentares de seu partido não aprofundassem as investigações. Álvaro Dias, na época, era filiado ao PSDB e membro da CPI.

"Nossa gente vai fazer uma discussão genérica, não vamos polemizar as coisas", disse Guerra no encontro. "Não vai ter isso, não vai. Alvaro?”.

O caso da propina virou uma ação penal em 2016 e corre sob sigilo na Justiça Federal do Paraná. Os dois ex-executivos, Colares Filho e Fonseca, viraram réus no processo e estranhamente Álvaro Dias nem sequer foi investigado.

Em agosto de 2017, quando a Lava Jato já investigava o encontro e o pagamento da propina, Fernando Baiano foi chamado à Justiça para prestar depoimento. Ao então juiz Sergio Moro e questionado pelo então procurador da Lava Jato Diogo Castor, Baiano explicou que havia por parte dos executivos uma preocupação quanto à atuação de Álvaro Dias na CPI, pois ele passava um discurso de combate a corrupção, o que não aconteceu na prática, segundo aprofundamento das investigações, segundo Baiano, o senador Sérgio Guerra teria dito no encontro com os executivos.

"Não se preocupe que, com relação ao senador Alvaro Dias, a gente vai resolver".

Álvaro Dias chegou a prestar depoimento em novembro de 2017 para falar do caso. Moro e Diogo Castor estavam na sessão por videoconferência.

O senador foi questionado pelo seu advogado de defesa se havia recebido alguma vantagem ilícita para direcionar sua conduta na CPI. Rechaçou.

"Ninguém ousaria porque, se o fizesse, eu chamaria a polícia e mandaria prender", afirmou o parlamentar.

Para não aprofundar as investigações e acabar logo com qualquer suspeita que pudesse cair sobre o senador, Moro e Castor não perguntaram o senador se ele havia recebido parte da propina negociada por Guerra.



Note-se que já no inicio do depoimento de Álvaro Dias fica claro a postura diferente de Sérgio Moro, o magistrado agradece ao senador pelo comparecimento e diz que o mesmo é uma pessoa muito ocupada, coisa que é algo incomum na postura de Moro nas demais audiências.

Algo incomum nas audiências de Moro a frente da Lava Jato, afinal ele costumava perguntar mais aos réus do que os procuradores ou advogados de defesa, estranhamente no caso do senador, Moro permaneceu calado, não intepelou e tão pouco interrompeu a defesa quanto aos questionamentos.

Fica claro na postura de Moro diante dessas atitudes que nem o magistrado e tão pouco o procurador tinham interesse em prosseguir qualquer investigação contra Álvaro Dias, o que se tinha era pressa em blinda-lo e evitar que o nome do amigo de Moro aparecesse nas investigações.



Texto: Pedro Oliveira, adaptado do texto do site Uol

Finalização e considerações: Pedro Oliveira

Edição: Ana Fernandes

Informações: site Uol




Postar um comentário

0 Comentários

Disqus Shortname

Comments system