O porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, acusou os Estados Unidos de manter laboratórios biológicos com "vírus perigosos" na Ucrânia para serem usados como armas de guerra no conflito com a Rússia conforme noticiou a Revista Fórum.
A informação de que os americanos produziram armas com
vírus para ser usado contra os russos, foi confirmada por funcionários de
laboratórios biológicos ucranianos, segundo o site Sputinik.
A representante oficial da chancelaria russa, Maria
Zakharova, informou ela durante a coletiva, que juntos EUA e Ucrânia
desenvolviam armas com agentes de peste, antraz, cólera e outras doenças
mortais.
Laboratórios biológicos ucranianos perto das fronteiras da
Rússia estavam envolvidos no desenvolvimento de componentes para armas
biológicas disse Zakharova "Nos últimos dias
foram confirmados os nossos receios de longa data, que temos repetidamente
expressado por mais de um ano, sobre o desenvolvimento dos referidos materiais
biológicos para uso militar pelos EUA no território da Ucrânia sob os auspícios
dos respectivos serviços especiais dos EUA"
O governo chinês ressaltou que as atividades bio-militares
dos EUA na Ucrânia são apenas "a ponta do iceberg" e acusou o
Departamento de Defesa estadunidense de controlar 336 laboratórios biológicos
em 30 países.
"Qual é a real intenção
dos Estados Unidos? O que exatamente o país fez? Essas sempre foram uma fonte
de dúvidas para a comunidade internacional", afirmou o porta-voz
chinês.
Vale lembrar que anteriormente, a subsecretária de Estado
para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, afirmou que na Ucrânia
existem instalações de pesquisa biológica, sem jamais esclarecer o que de fato
estava sendo desenvolvido na Ucrânia.
As perguntas de bilhões de dólares, o mundo vai impôr
sanções aos EUA por desenvolver armas que são proibidas pela comunidade
internacional? A OTAN vai bombardear os laboratórios americanos como fez
na Síria? As grandes empresas vão fazer o cancelamento do mercado
americano como estão fazendo com a Rússia? A verdade é que a cada dia fica
mais nítido a seletividade da indignação e o uso do marketing empresarial para
tirar proveito da revolta pela a ação militar russa, o que vale para um não vale para os
outros? Não que Putin seja um exemplo a ser seguido ou que a Rússia não cometeu
crimes, longe disso, compartilho da mesma indignação de milhões de pessoas no
mundo, mas, para ser justo, preciso cobrar dos países a mesma atitudes e
paridade de sanções quando outro país comete os mesmos crimes daqueles que já
foram punidos por fazerem o mais do mesmo.
Texto editado e complementado por Pedro Oliveira com base nas reportagens da
Edição final: Ana Fernandes
Informações: Revista Fórum e Sputinik
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